quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Criando uma coleção

Não saiu a coleção, mas saiu um texto…. Fazer uma coleção de moda é assim: pesquisa..pesquisa..pesquisa

Ok, vamos começar dizendo que a moda feminina é representada mofologicamente pelo simbolo da ampulheta; ou o X para as mais feministas; ou melhor explicando : no caso das mulheres ( peito,cintura,quadril) ; suas áreas que representam suas zonas ferteis…e não estou brincando não… é so pensar no new look de Cristian Dior…

E obviamente que falar de moda e nao falar de homem seria um absurdo; o homem é representado pelo triangulo de cabeca pra baixo.. onde se destaca a mofologia das suas Paaartes… ombro , cintura e pernas…

Enfim, como eu adoooro os homens; vou começar por eles:

O primeiro grande mito da Historia é que saia é uma peça feminina. Mentira!!! E voces homens cabrões do meu Ceará …ouçam bem: A maioria das culturas do mundo tem a saia como traje de grande importancia no vestuario masculino. Aceitem e continuem a ler ;)

Voces sabiam tambem que maquiagem e peruca não era só uma questao feminina..Não parem de ler nem se revoltem comigo..tudo é verdade ;)Na Mesopotamia os homens pintavam rosto ,cabelo, unhas e viam isso como sinal de masculinidade. Ate mesmo os grandes e malvados “Assirios “; a raça mais cruel que ja existiu ( os que nao acreditavam em nada que teoricamente reprimisse seus desejos mundanos, inadequados e impuros) ..ate eles.. machos machos andavam maquiados e produzidos..

Enfim, o que estou querendo é que a partir desse instante voce pense em moda como o maior meio de expressão utilizado durantes seculos e seculos…

Vamos la:
A cultura egipicia vai ser meu ponto de partida.. voces sabiam que culturalmente a pouca roupa era algo predominante. Quando eu soube dessa informacao logo me perguntei..entao qual a utilidade/ funçao da roupa entre eles? Visto que nessa epoca eles se vestiam logicamente
( PELE DE ANIMAIS ERAM USADAS COMO PROTEÇAO SO QUE DIFERENTE DE HOJE EM DIA O PELO FICAVA EM CONTATO COM O CORPO E NÃO O FORRO DA PRADA ) ..POIS É VOCES QUE ACHAM QUE A PELE DEVE SER USADA POR QUESTAO DE NECESSIDADE..PROVA VIVA QUE SÓ NAO USAMOS A PELE POR NECESSIDADE E SIM POR VAIDADE)
…passando momento estresse venho explicar:
Minha resposta veio quase tão rapida como minha pergunta… qual a função das roupas pra eles? A mesma que pra gente…; para diferenciar; mostrar poder.. ludibriar… para inflar egos… Quanto mais fino o tecido fosse ou mais tecido se usasse mais rico e poderoso era a pessoa. Voces sabiam tambem que o ideal de beleza dos homens era ter a pele escura e a mulher pelo menos 2 tons abaixo? Isso acontecia porque naquela época o ideal de beleza era ser um guerreiro… hoje em dia tambem temos isso..o ideal de beleza so mudou de campo…do de batalha passou para O DE FUTEBOL (QUE EVOLUÇÃO EN? ).. Os ideaIs e a moda caminhando de maozinha dada… adoro…

Falando ideais de moda;os gregos, patricios e romanos nunca vestiam roupas costuradas. Isso era considerado coisa de barbaro ( estrangeiro ) mais precisamente explicando o significado de barbaros atualmente…eles tambem so comiam inclinados ( afinal sentar pra comer so cachorro faz) …
Enfim… depois de muito ouvir sobre gregos,romanos e etc me perguntei..porque nao nos vestimos como os Romanos? Afinal eramos considerados fruto deles.. Era tao sexy aqueles drapeados…
Pra voce que acha que deviamos continuar andando por ai semi nus aqui vai a explicacão : quando o imperio romano caiu no sec v depois de cristo as culturas emergentes;os barbaros tomaram o poder e assim herdamos deles as ideias de vestuario; ou suas tatuagens ..pra nao passar a noite escrevendo resolvi pular para o sec XVIII e começar a colocar pra fora tudo que sei de indumentaria…

Ja sabemos que a moda é um espelho da sociedade e sabemos que no sec XVIII acontece a revolucao francesa e a burguesia toma poder da aristocracia. Sabemos tambem que as roupas no sec XVIII eram imensas ..muito tecido,muitos excessos…a moda do sec XVIII girava em torno do circo montado “nada é o que parece; mas mesmo assim vamos aparentar".
Se o cabelo caia por causa da sifilis usava-se peruca, se cheirava mal criava-se o primeiro perfume,se era pequeno ou pequena usa salto..e por ai foi.. Nada era verdadeiro…nada era que parecei..e que o diga Maria Antonieta..mas essa ai rende historia pra 3 timelines e o facebook so regista 20 por pagina ..fica pru proximo capitulo…

Vou dormir…Amanha conto sobre sec 19 e toda o gayzismo que foi os “increyables”e os dandes..

Recomendo filme : "Ligações perigosas de 1988…"Com Michelle Pfeiffer

E para meus professores de Indumentária do meu Brasil.. Voces nao me ensinaram PORRA NENHUMA.... #SOFRO

Bjs

Rhasnny

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Design de Servicos


Service Design.
Better services.
Happier customers.
Better lives.







Conquistar o consumidor entre uma infinidade de marcas, produtos e necessidades individuais se torna, cada vez mais, tarefa árdua. Para o designer que pensa o produto antes que ele chegue às prateleiras, um novo conceito ganha força: o design de serviços. De acordo com o professor e coordenador do curso de especialização em Branding da Universidade Positivo, em Curitiba (PR), Marcelo Gallina, o consumidor se descobriu um importante consultor e não apenas um comprador. “É ele quem determina o que comprar, quando e como. Dessa forma, surge um sistema integrado, no qual as empresas devem oferecer serviços completos”, afirma. Ele explica que antigamente o design tinha um fim específico focado no uso. “Hoje, o design engloba as interfaces necessárias para usufruirmos de serviços. O design passa a ser o meio”, revela.

De acordo com o designer britânico e especialista no assunto, Oliver King, o design de serviços é uma especialidade do que ajuda a desenvolver e a oferecer serviços de qualidade. Segundo ele, os projetos nessa área aperfeiçoam fatores como a facilidade do uso, a satisfação, a fidelidade e a eficiência passando diretamente por questões como o meio ambiente, a comunicação e os produtos, sem esquecer as pessoas que entregam ou ofertam o serviço.





The history of design social


In the earliest contributions on service design (Shostack 1982; Shostack 1984), the activity of designing service was considered as part of the domain of marketingand management disciplines. Shostack (Shostack 1982), for instance proposed the integrated design of material components (products) and immaterial components (services). This design process, according to Shostack, can be documented and codified using a “service blueprint” to map the sequence of events in a service and its essential functions in an objective and explicit manner.

In 1991, Service Design was first introduced as a design discipline by Prof. Dr. Michael Erlhoff at Köln International School of Design (KISD), and Prof. Birgit Mager has played an integral role for developing the study of Service Design at KISD in later days. In 2004, the Service Design Network was launched by Köln International School of Design, Carnegie Mellon University, Linköpings Universitet, Politecnico di Milano and Domus Academy in order to create an international network for Service Design academics and professionals; now the network extends to service design professionals worldwide as well as design consultancies who have started offering service design.

characteristics of social design

Service design is the specification and construction of technologically networked social practices that deliver valuable capacities for action to a particular customer. Capacity for action in Information Services has the basic form of assertions. In Health Services, it has the basic form of diagnostic assessments and prescriptions (commands). In Educational Services, it has the form of a promise to produce a new capacity for the customer to make new promises. In a fundamental way, services are unambiguously tangible. Companies such as eBay, or collectives such as Wikipedia or Sourceforge are rich and sophisticated combinations of basic linguistic deliverables that expand customers' capacities to act and produce value for themselves and for others. In an abstract sense, services are networked intelligence. Service design can be both tangible and intangible. It can involve artefacts and other things including communication, environment and behaviours. Several authors (Eiglier 1977; Normann 2000; Morelli 2002), though, emphasise that, unlike products, which are created and “exist” before being purchased and used, service come to existence at the same moment they are being provided and used. While a designer can prescribe the exact configuration of a product, s/he cannot prescribe in the same way the result of the interaction between customers and service providers, nor can s/he prescribe the form and characteristics of any emotional value produced by the service. Consequently, service design is an activity that suggests behavioural patterns or “scripts” to the actors interacting in the service, leaving a higher level of freedom to the customers’ behaviour.

Service design methodology

Together with the most traditional methods used for product design, service design requires methods and tools to control new elements of the design process, such as the time and the interaction between actors. An overview of the methodologies for designing services is proposed by (Morelli 2006), who proposes three main directions:

• Identification of the actors involved in the definition of the service, using appropriate analytical tools

• Definition of possible service scenarios, verifying use cases, sequences of actions and actors’ role, in order to define the requirements for the service and the logical and its organisational structure

• Representation of the service, using techniques that illustrate all the components of the service, including physical elements, interactions, logical links and temporal sequences

Analytical tools refer to anthropology, social studies, ethnography and social construction of technology. Appropriate elaborations of those tools have been proposed with video-ethnography (Buur, Binder et al. 2000; Buur and Soendergaard 2000), and different observation techniques to gather data about users’ behaviour (Kumar 2004) . Other methods, such as cultural probes, have been developed in the design discipline, which aim at capturing information on customers in their context of use (Gaver, Dunne et al. 1999; Lindsay and Rocchi 2003).

Design tools aim at producing a [blueprint][ of the service, which describes the nature and characteristics of the interaction in the service. Design tools include service scenarios (which describe the interaction) and use cases (which illustrate the detail of time sequences in a service encounter). Both techniques are already used in insoftware and systems engineering to capture the functional requirements of a system. However, when used in service design, they have been adequately adapted, in order to include more information, concerning material and immaterial component of a service, time sequences and physical flows (Morelli 2006). Other techniques, such as IDEF0 , just in time and Total quality management are used to produce functional models of the service system and to control its processes. Such tools, though, may prove too rigid to describe services in which customers are supposed to have an active role, because of the high level of uncertainty related to the customer’s behaviour.

Representation techniques are critical in service design, because of the need to communicate the inner mechanisms of services to actors, such as final users, which are not supposed to be familiar with any technical language or representation technique. For this reason storyboards are often used to illustrate the interaction on thefront office. Other representation techniques have been used to illustrate the system of interactions or a “platform” in a service (Manzini, Collina et al. 2004). Recently, video sketching and video prototypes have also been used to produce quick and effective tools to stimulate customers’ participation in the development of the service and their involvement in the value production process.

Service design by oliver king

Service design is a design specialism that helps develop and deliver great services. Service design projects improve factors like ease of use, satisfaction, loyalty and efficiency right across areas such as environments, communications and products – and not forgetting the people who deliver the service.

Our process ( by oliver king's company )

Each client project has a slightly different service focus, for example, improving the quality of the customer experience by working with front line staff, re-designing the customer journey, developing a service vision or innovating new customer propositions.

Projects unfold in three general phases. Identify, Build and Measure. The phases break down a little further - we’ve outlined this below in the diagram and stage breakdown


Orientate and Discover

After Planning, the first phases for us are Orientate and Discover. Orientation is about getting to know the organisation we’re working with, understanding their business model and the nature of the market in which they operate. We get to ask all sorts of naive questions of very senior managers. We set up and run workshops using a variety of techniques to orientate ourselves and to allow a project team to begin to share their views about the context that has been identified.

During Discover we use a number of techniques to understand how things are working from the perspective of those who use the organisation’s services - and those that provide them.

These first two steps make up the Identify phase and provide us with an understanding of what success might look like as well as list of key issues and challenges we’ll be looking to address.

Generate

Next there’s the start of the Build phase with a systematic Generation step in which we conceptualise and explore visually many responses to the challenge. This happens at Engine, with our clients and often with their customers through the design of workshops that allow people to design their own services (a great route to customer insight as well as to out-of-the-blue service innovation).

Synthesise and Model

Prototyping is critical in reducing risk and getting the best results and this applies equally whether designing strategy, propositions or the touchpoints of a customer experience. So the next phase in Build is to model and test our ideas. As we’re designers and not management consultants this is a very visual and creative phase in which we can bring new propositions or strategic futures to life in ways that allow them to be refined collaboratively with our client team or with customers.

Ideas or propositions are refined and evaluated iteratively which happens in different ways depending on the client and the sector. For example, we worked directly with analysts at Norwich Unionto ensure that the ideas we generated for insurance services were more than just blue sky but meet the commercial requirements of the insurer. A point is reached at which we agree that we’ve got what we need. This is sometimes as far as our client needs to go before pitching a new proposition into their organisation.

Specify

We work with many clients to specify services in detail. As a multidisciplinary team we’re as comfortable specifying physical service environments - as we’ve done with Virgin Atlantic at Heathrow - as we are specifying financial or on-line services. Services are specified through a number of representations beyond written market concept documents. Our expertise is in describing the near-future experiences of a service and in detailing their content and functionality through scenarios maps, mock-ups, story-boards and so on.

Produce

Working with our clients as they move towards service production means the designing and development of the touchpoints of that service. We design websites service interiors, products and communications. We also support the training of front-line workers with the design of workshops and tools to help staff evaluate the experiences that they are delivering to customers.



Measure (with empathy)

Being able to measure efficiency and effectiveness - but also desirability, usefulness and usability of services is critical to getting the feedback needed to support on-going improvement. This step connects the start of the process with the end. In other words, to establish what customers and providers value, to design services that create this value and to be able to measure the ability to create it and inform further improvement.



Transfer and transformation

One big advantage of our approach cited in client testemonials over and over again is that often as a result of our work with them they are able to adopt new ways of working. Design-led methodologies are very accessible and therefore respond to an organisation’s objective to work more creatively and collaboratively. We’re strong on both creativity and process.






Design Participativo








A proposta do Design Participativo é valorizar a participação de usuários durante o processo de desenvolvimento de produtos e serviços. Através de oficinas e ferramentas colaborativas, os usuários participam ativamente da definição das características do que está sendo projetado.

Design Participativo é parte da transição das Sociedades de Massa rumo às Sociedades Civis. O consumidor assume seu papel de cidadão, participa da criação de bens culturais, exercita a crítica e atua politicamente.

Abordagem escandinava

Existem várias abordagens para o Design Participativo, porém, cabe ressaltar o pioneirismo da abordagem escandinava. Durante os anos 1960 e 1970 foram desenvolvidos projetos para a democratização da tecnologia envolvendo pesquisadores, sindicatos e operários. Em 1977, o governo da Noruega promulgou uma lei que exigia a participação de trabalhadores na reestruturação de seu ambiente e ferramentas de trabalho, porém, a participação dependia da mediação dos sindicatos.

Em 1981, o projeto UTOPIA tentou superar as limitações de participação com a inclusão de trabalhadores no processo de desenvolvimento de tecnologias. O projeto UTOPIA foi referência para diversas pesquisas subseqüentes, particularmente na área de Computer Supported Cooperative Work (CSCW). A partir dos anos 1990, algumas empresas produtoras de tecnologias passaram a incluir o design participativo no seu leque de métodos para a pesquisa e desenvolvimento de produto.

Vantagens
Uma das vantagens (e desafios) do design participativo é sua capacidade de motivar as pessoas a se envolverem no delineamento do futuro a partir das experiências vividas no passado e no presente. Tendo vivência real da situação, os participantes podem contribuir com propriedade, enfatizando os aspectos que lhe são cruciais, como:

dilemas políticos
tabus
relações de poder
fluxo de trabalho
afetividade
dialetos
Debate e consenso
Como os interesses e vivências são diferenciados para cada pessoa, a todo momento, converge-se ao debate. Além de discutir os sistemas, os participantes descobrem entre si novas visões sobre as situações vividas e o efeito destas visões na própria situação, conscientizando-se assim do papel político do cotidiano no delineamento da própria sociedade.

Como a participação pressupõe a atuação coletiva, é preciso chegar ao consenso para progredir num mesmo caminho. Os desejos de uma pessoa podem ser diametralmente opostos a de outra pessoa e, mesmo numa mesma pessoa, podem haver desejos contraditórios. É preciso, portanto, consensualizar os desejos que todos concordem que sejam realizados. O desejo transforma-se, então, num objetivo claro a que todos estão conscientes. Cada ação no grupo será balisada nesse objetivo, mas esse objetivo poderá ser, a cada ação, reavaliado.

A crítica deve ser incentivada, especialmente para perceber a presença de forças sociais externas à atividade projetual. É preciso cuidar para que os objetivos consensualizados não entrem em forte contradição com os interesses de subgrupos ou indivíduos, privando-os de sua liberdade.

Limitações

A abordagem política de design participativo desenvolvida na Escola Escandinava não é muito difundida no Design de Interação, pois não é possível aplicar os mesmos métodos empregados na cultura escandinava em culturas diferentes, como ambientes corporativos que não são caracterizados pela alta união, por uma legislação que assegura o papel do usuário no design do sistema ou por um processo de desenvolvimento de software de pequena escala.

Com raras exceções, quando o termo aparece fora do contexto escandinavo é para descrever exercícios pontuais de “como seria se fosse diferente do que é...”, que fazem parte de processos pouco participativos.

Como fazer

Não existem muitas referências práticas sobre como proceder ao adotar o Design Participativo em projetos de Design de Interação. Os autores argumentam que a prática depende muito da situação e não se pode generalizar um processo válido para qualquer situação.

Entretanto, alguns elementos são recorrentes em processo de Design Participativo.


Video sobre Design Participativo :

http://www.slideshare.net/usabilidoido/design-participativo-como-metodologia-de-projeto-presentation?type=presentation


Video sobre Design Social

http://www.slideshare.net/usabilidoido/design-social-uma-necessidade-no-brasil-presentation

Pensando sobre Desig Social

Design Social entende-se por todos os produtos e serviços que atendem às demandas da sociedade de forma inteligente, respeitando o ambiente, a cultura e a mão-de-obra. "É uma ferramenta de inovação e de comunicação, capaz de transformar necessidades e desejos humanos em produtos e sistemas de modo criativos e eficazes, adequados não somente a ponto-de-vista econômico, mas também social, cultural e ecologicamente responsável", define o designer gráfico e industrial Eduardo Barroso.

Esta é uma das muitas funções do design social, vertente que vem ganhando força frente as crises regionais e globais atuais. O design social apóia-se no entendimento de que nós designers, somos os responsáveis por criar pontes, facilitar a relação entre o indivíduo e o mundo que o cerca e deixando de lado qualquer discurso inocente, fica evidente o tamanho da nossa responsabilidade na construção e desenvolvimento da sociedade a nossa volta.
É preciso deixar claro, no entanto, que o design social nada tem a ver com assistencialismo, as ações desta vertente do design têm como foco, transformar situações de desigualdade social e tecnológica, oferecendo através do design, recursos para que estas barreiras sejam superadas, gerando oportunidades de desenvolvimento com resgate da cidadania e a dignidade. Pensar soluções para combater o frio de quem vive na rua ou mesmo maneiras alternativas e mais viáveis de construir habitações, combater a seca, criar meios para desenvolver regiões sem grande potencial industrial ou agrícola são só alguns dos desafios encontrados.

Em outras palavras para falar em design social, ou melhor, Design Socialmente Orientado, inevitavelmente abordamos conceitos como ética e responsabilidade profissional.

É natural que conceitos novos tragam idéias motivadoras, muita crítica e também muitas controvérsias. Acredito que para chegarmos a uma conceituação que respalde o florescimento de uma emergente área de conhecimento dentro do design é preciso passar pelo conceito de comunicar. Designers, de qualquer vertente, configuram a cultura material –visual ou de produtos- de sua sociedade. Conseqüentemente, designers transmitem idéias, valores e conceitos que afetam as ações, as opiniões, a conduta e o conhecimento dos usuários (também conhecidos como consumidores!). Para mim, nada mais natural do que conceber este como um processo de comunicação. Admitindo que nossa tarefa é, antes de mais nada, COMUNICAR a mensagem (ou ideologia!) do cliente (emissor) para seu consumidor (intérprete), a noção da responsabilidade profissional e ética ficam bem mais evidentes.

Avançando um pouco neste raciocínio, não seria um equívoco dizer que educamos os consumidores. E um pouco mais grave: educamos os consumidores persuadindo-os a consumir o que querem os nossos clientes. Tá bom, nem todas as áreas do design estão voltadas à ativação do mercado de consumo, afinal existe o design da informação, o design de equipamentos médicos e para deficientes físicos, design de sinalizações e etc., o que deixa bem claro que o designer projeta uma interface entre um indivíduo e o mundo que o cerca, sua função é facilitar a vida das pessoas.

Acima de qualquer coisa 'e necessário que tenhamos consciência de que o fruto do nosso trabalho contribui, mesmo que com uma pequena parcela, para a configuração de nossa sociedade. É necessário que tenhamos claro que tipo de sociedade ajudamos a configurar.

Sabendo da importância e impacto que o nosso trabalho tem na transformação de paradigmas, é impossível pensar o design sem levar em consideração o impacto ambiental e moral de nossas ações e cabe a provocação: você está satisfeito com as condições do local e sociedade que o cerca?